sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Lutar contra as práticas antissindicais

A luta sindical é árdua e diária. Defender os interesses dos trabalhadores e da sociedade não é tarefa fácil. Diariamente surgem notícias que criminalizam as ações do movimento sindical e social.

É também grande o número de atentados cometidos a muitos sindicalistas no Brasil e é prática rotineira a demissão arbitrária de dirigentes sindicais como meio de coibir as ações organizadas dos trabalhadores.

Como o Brasil não possui uma legislação específica que evite a discriminação de trabalhadores por sua filiação e/ou atuação sindical, ações como a das centrais sindicais brasileiras junto aos sindicatos são fundamentais para evitar perseguições, chantagens e discriminações aos trabalhadores e representantes sindicais.

Uma dessas ações é o Seminário sobre práticas antissindicais, que acontece nos próximos dias 15 e 16, organizado pelas centrais sindicais CGTB, CTB, CUT, FS, NCST e UGT.

Além de diagnosticar a situação em que vive o movimento sindical nos estados brasileiros, o seminário pretende despertar a militância das centrais para a necessidade de combater as práticas antissindicais e promover ações conjuntas das centrais para enfrentar o desrespeito às convenções da OIT ratificadas pelo Brasil.

Será uma grande oportunidade para discutir formas de pressionar a aprovação de medidas que coíbam as práticas antissindicais no país.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

1º de dezembro: dia de fortalecer a luta contra a Aids

No Dia Munidal de Luta contra a Aids, 1º de dezembro, os portadores da doença encontram um cenário nada animador no mercado de trabalho brasileiro. De acordo com estudo divulgado pelo Ministério da Saúde (Percepção da Qualidade de Vida e do Desempenho do Sistema de Saúde entre Pacientes em Terapia Antirretroviral no Brasil), 58% das pessoas que vivem com Aids no Brasil não trabalham, sendo que o indíce chega a 62% entre as mulheres e a 55% entre os homens.

Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pelo estudo, também revelam que mais de 20% dos pacientes ouvidos perderam o emprego após o diagnóstico da doença. A Fiocruz entrevistou 1.260 pacientes entre as cerca de 200 mil pessoas em tratamento contra a aids no país.

O estudo indicou ainda que pessoas com aids sofrem mais com problemas sociais e psicológicos do que com a ação do HIV no organismo e mostra que 65% dos pacientes em tratamento avaliam seu estado de saúde como bom ou ótimo. Na população geral, esse índice é 53%. Soropositivos, porém, têm mais depressão e ansiedade.

No entanto, em artigo de autoria de Michel Sidibé, diretor Executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids – UNAIDS, este Dia Mundial de Luta contra a Aids nos enche de esperança. "Esperança porque avançamos significativamente rumo ao acesso universal. O número de novas infecções pelo HIV diminuiu. Menos crianças nascem com o vírus. E mais de quatro milhões de pessoas estão em tratamento", diz ele.

Fica ainda a fundamental convocatória do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para que "todos os países cumpram seus compromissos de promulgar e implementar leis que proíbam a discriminação às pessoas que vivem com HIV e a membros de grupos vulneráveis".
Neste Dia Mundial de Luta contra a Aids, trabalhemos de maneira urgente para eliminar as leis e práticas punitivas e por fim à discriminação e à criminalização das pessoas afetadas pelo HIV.

Com informações da Agência de Notícias da Aids e do Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde.